CUNHA, Luiz Antonio; GÓES, de Moacir. O Golpe Na Educação. 11ª, Jorge Zahar Editor, Rio de Janeiro. 89
Um dos assuntos mais abordados na contemporânedade é a problemática da educação como produto estabelecido para sociedade, seja pela necessidade exigida com as céleres mudanças existente no século XXI, seja pela realização pessoal e profissional do individuo socialmente ativo.
Para fomentar sobre esse pertinente assunto, foi desenvolvido uma crítica sobre a obra “ O Golpe Na Educação”, dos renomados autores; Luiz Antonio Cunha Sociólogo de formação, professor da PUC, FGV e Unicamp e atualmente titular de educação brasileira na UFRJ. e Moacir de Góes, político , defensor da educação e da cultura, anistiado como professor, juntos fazem uma viagem no contexto histórico brasileiro a partir da década de 50/60 passando pela década de 70 até chegar ao final da década de 80.
Os autores levam em consideração, sempre, a economia, a sociedade e a política para abordar as nuanças que a educação passou no decorrer dessas décadas, mostrando os regressos e avanços que o nosso sistema de ensino obteve para que a educação fosse desenvolvida em beneficio da população brasileira.
Neste livro, ambos os autores, mostram fluência no saber político, no saber histórico e bem como no saber educacional, pois os remetem na instrumentalização das idéias em que as discussões são construídas.
Após fazer as primeiras alusões ao contexto histórico – político- cultural e social em que se encontra a decadente educação no período entre 50/64, seguem com suas discussões pertinentes sobre a questão do debate em relação a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que até então não era vigorada, pois havia vários empasses para a efetivação dessa lei, tanto do poder público quanto do poder privado.
Outro fator importante nessa obra é a de constatar a importância dos movimentos culturais e educacionais que a população promoveu nesse período da história do Brasil, em especial da História Educacional brasileira, pois houve participação em massa da população em diversos movimentos em prol uma escola de qualidade.
Nos quais os autores citam situações em que alunos, professores, reitores, e pessoas que faziam parte de um ideal de educação popular, foram perseguidos e demitidos de seus cargos por quererem revolucionar a educação para que esta contemplasse as necessidades da sociedade como um todo, e não apenas uma parcela “dominante” da sociedade.
Com um quadro estruturado sobre a situação educacional e político – histórica do Brasil, a obra vai evoluindo com a reflexão e ganha novos contornos no que concerne a análise crítica sobre o fazer educacional, que até então não existia, pois no período do golpe militar a mesma não passava de um negócio lucrativo para os defensores do privatismo. Muitas revoltas e repressões existiram em defesa da educação, poucas conquistas e muitos desafios foram travados para que a educação viesse ser algo democrático e autônimo.
Essa democracia e autonomia que há muitos anos os educadores clamam ainda está em evolução, pois agora, nas duas últimas décadas, que estão desenvolvendo idéias e projetando-a para que se obtenham resultados satisfatórios na qualidade de ensino-aprendizagem.
Até porque, houve um processo de qualificação profissional, nas décadas 70/80, voltado para o tecnicismo, esse se tornou um fracasso, pois não atendia as necessidades pertinentes à educação, com o passar dos anos teve – se a necessidade de superar essa forma de qualificação, surgindo então um ideal de ensino voltado para o que Paulo Freire defendia, desde a década 60, para à contemplação da educação a partir da realidade do individuo em formação, para que a mesma pudesse intervir nessa realidade na construção da autonomia de cidadão para a interação social.
Mas antes que este pensamento fosse incorporado de maneira singular no ensino brasileiro, a crise ainda permaneceu e ainda permanece no sistema de ensino, pois não só foi a escola básica que estava sendo avaliada como uma instituição fracassada, a universidade também sentiu ameaçada pela ditadura militar, correndo sérios riscos de se tornar uma reprodutora do conhecimento, pois surgiu a idéia de se desenvolver a mesma dinâmica de ensino para todas as universidades de ensino, deixando de lado a realidade local da sociedade.
Diante disso, fez necessário desenvolver uma lei de reforma universitária para que implementasse o crescimento do ensino superior, porém mais uma vez, o beneficiado com essa reforma foi o setor privado que encontrou uma demanda que a universidade pública não tinha condições de suprir.
É pertinente desenvolver trabalhos que reflitam na crise educacional em que o Brasil sempre enfrentou, e se perceba a evolução do desenvolvimento educacional no decorrer dessas décadas. Esses dois autores foram ao bojo da situação para mostrar os fatos que induziram as mudanças na educação brasileira, pois só assim conseguirá a tão almejada valorização educacional.
Uma das conquistas realizada durante esse período, é a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que pontuou várias necessidades determinantes ao ensino fundamental, médio e universitário, inclusive a qualificação e competência do profissional em educação.
Muitas mudanças precisam ser feitas para autonomia e democratização do ensino brasileiro e novas leituras estão construindo na promoção do conhecimento, pois resultados apontam a uma melhoria gradativa do funcionalismo da educação pública, se faz preciso que novas discussões surjam, sempre, na defesa de uma educação gratuita, publica e laica nas escolas e universidades brasileiras.
Nazarete Mariano
2 comentários:
Olá naza!
Tudo bem?
A educação anda capenga das pernas e já faz tempo. Imagine se nós educadores de hoje continuarmos a dizer não as mudanças e a informática. Hoje isto já não é mais possível, temos que nos informatizar.
Beijos
Um trabalhador quando acorda, diz... Vamos!Mais um dia de trabalho...
Um professor quando acorda,diz...êpa, vamos à luta...
Beijo
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